865 resultados para Progressão do declínio cognitivo senil


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O objetivo do presente trabalho foi investigar, empregando testes neuropsicológicos selecionados, a duração dos efeitos benéficos do programa de estimulação multissensorial e cognitiva realizado em idosos vivendo em instituições de longa permanência ou em comunidade. Os participantes do estudo foram idosos institucionalizados (n=20, 75,1 ± 6,8 anos de idade) e não institucionalizados (n=15, 74,1 ± 3,9 anos de idade), com 65 anos de idade ou mais, sem histórico de traumatismo crânio-encefálico, acidente vascular encefálico ou depressão primária, acuidade visual mínima 20/30 mensurada pelo Teste de Snellen e que participaram regularmente do Programa de Estimulação Multissensorial e Cognitiva. Foram realizadas reavaliações em cinco períodos (2, 4, 6, 8 e 12 meses) após a finalização da intervenção multissensorial e cognitiva. Para isso empregou-se o Mini Exame do Estado Mental (MEEM); nomeação de Boston; fluência verbal semântica (FVS) e fonológica (FVF), testes da Bateria Montreal de Avaliação da Comunicação (MAC), Teste de Narrativa “Roubo de Biscoitos” e testes neuropsicológicos selecionados da Bateria Cambridge (CANTAB) incluindo: Triagem Motora (Motor Screening – MOT); Processamento Rápido de Informação Visual (Rapid Visual Information Processing – RVP); Tempo de Reação (Reaction Time - RTI); Aprendizagem Pareada (Paired Associates Learning - PAL); Memória de Trabalho Espacial (Spatial Working Memory - SWM) e Pareamento com Atraso (Delayed matching to sample - DMS). Os resultados apontaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos revelando taxa de declínio cognitivo maior nos idosos institucionalizados. Esses resultados confirmam sugestão anterior de que o ambiente pobre de estímulos somato-motores e cognitivos das instituições de longa permanência aceleram o declínio cognitivo senil. Além disso, a análise das curvas ROC seguido dos cálculos de sensibilidade, especificidade e eficiência para cada teste revelou que os testes da bateria CANTAB para memória e aprendizado espacial pareado assim como para memória espacial de trabalho permitiram a distinção entre os grupos I e NI em todas janelas de reavaliação. Os resultados demonstraram que uma vez cessado o programa de estimulação, se observa em ambos os grupos declínio cognitivo progressivo, com perdas mais precoces e mais intensas nos idosos institucionalizados do que naqueles vivendo em comunidade com suas famílias. Além disso, observou-se que a duração dos efeitos benéficos sobre o desempenho nos testes neuropsicológicos de ambos os grupos é heterogêneo, e que os efeitos de proteção guardam relação estreita com a natureza das oficinas. Por conta disso os escores dos testes de linguagem declinaram mais lentamente. Os resultados reúnem evidências que permitem a recomendação de programas regulares de estimulação somatomotora e cognitiva para idosos institucionalizados com o intuito de promover a redução da taxa de progressão do declínio cognitivo senil.

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Em 2025 o número de idosos no mundo irá dobrar e por volta de 2050 alcançará dois bilhões de indivíduos, estando a maioria em países desenvolvidos. A doença de Alzheimer (DA) é a quarta doença que mais compromete a qualidade de vida dos idosos. Este trabalho pretende sugerir novas metodologias de avaliação de pacientes com declínio cognitivo e doença de Alzheimer, apresentando uma versão brasileira a partir da versão original em língua inglesa intitulada “Test Your Memory” TYM (“teste sua memória- TSM), bem como mostrar os resultados do desempenho dos idosos na bateria de testes neuropsicológicos de Cambridge (CANTAB). Trata-se de estudo analítico, transversal retrospectivo do tipo caso-controle, realizado em pacientes do ambulatório de Geriatria do Hospital Universitário João de Barros Barreto, e em voluntários da comunidade no período de janeiro de 2009 a janeiro de 2011. Participaram 95 indivíduos com 65 ou mais anos de idade, divididos em 3 grupos: Alzheimer (DA, n=21), declínio cognitivo (DCL, n=31) e controle (n=43). Foram excluídos pacientes com história de acidente vascular encefálico (AVE), depressão primária, trauma cranioencefálico, outras demências, outras patologias neuropsiquiátricas e déficits visuo-auditivos limitantes. Os participantes foram submetidos à avaliação inicial, triagem com GDS-5 e DSM-IV, ao Questionário Internacional de Atividades Físicas (IPAQ), testes neuropsicológicos da bateria CERAD, teste do relógio, TSM (versão adaptada para o Português) e a bateria de Alzheimer do CANTAB. A análise estatística foi realizada empregando-se ANOVA, um critério, definindo-se o valor p<0,05 como significante. Houve predomínio em todos os grupos de indivíduos do gênero feminino, de cor parda, na faixa etária de 70 a 79 anos. A média de pontuação do MEEM entre os três grupos foi diferente (controle: 26,6±2,2; DCL: 25,1±2,6; DA: 17,3±4,9; p<0,05), entretanto o TSM mostrou ser uma ferramenta de triagem mais confiável para distinguir os pacientes DCL dos DA (controle: 42,4±5; DCL: 35,5±7,7; DA: 25,7±8; p<0,01). Na lista de palavras do CERAD, teste do relógio, TNBR e na fluência verbal fonológica os três grupos apresentaram diferenças significantes na média de pontos obtidos. A média da pontuação total no TSM foi significativamente menor nos grupos DCL e DA do que no grupo controle, e no grupo DA em relação ao DCL. Os testes e medidas do CANTAB que separam os três grupos pelo desempenho obtido são: RVP A‟, número de tentativas para o sucesso e total de erros na fase de 6 figuras do PAL. Foram encontradas boas correlações entre o TSM e outros testes, principalmente com o MEEM (Coeficiente de Pearson, r = 0,79; p<0,0001) e teste do relógio (r = 0,76; p<0,0001), bem como boa correlação entre as medidas do PAL e a pontuação do TSM e o MEEM. O nível de atividade física no grupo controle foi maior do que em todos os outros grupos. Ao ser correlacionado o nível de atividade física e o desempenho nos testes cognitivos, não foram observadas diferenças significativas nos diferentes grupos, exceto pela evocação de palavras no grupo DCL. Tomados em conjunto os resultados sugerem que a aplicação de testes neuropsicológicos automatizados associados aos testes da rotina clínica e ao TSM aumentam a resolução e a confiabilidade das análises particularmente no estágio inicial das síndromes demenciais onde a precocidade e a precisão diagnóstica são fundamentais para orientar as ações terapêuticas, sejam elas medicamentosas e/ou comportamentais.

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Poucos estudos tem se dedicado a investigar em detalhe possíveis relações entre o declínio cognitivo associado ao envelhecimento e a plasticidade astroglial no hipocampo. No presente trabalho investigamos possíveis relações entre o desempenho em testes de memória de reconhecimento de objeto e o numero e a distribuição laminar dos astrocitos em CA3 em modelo murino. Para isso empregamos camundongos fêmeas adultas da linhagem C57Bl6 de 6 (n = 7) e 20 meses (n = 5) de idade, mantidos em gaiolas padrão desde o nascimento,comparando seus desempenhos em tarefas hipocampo-dependentes para reconhecimento da forma, do lugar e do momento em que os objetos selecionados lhes foram expostos. Apos os testes comportamentais todos os animais foram per fundidos com fixadores aldeidicos e tiveram seus cérebros removidos e processados para imunomarcação empregando anticorpo seletivo para detecção da proteína acida fibrilar dos astrocitos (GFAP). Para evitar possível viés amostral empregamos o fracionador óptico, um método estereológico que não e afetado pelo processamento histologico. Os resultados nos testes comportamentais isolados e integrados (memória episódica) revelaram que o envelhecimento compromete significativamente (teste T bi-caudal, p<0.05) o reconhecimento da forma, do lugar e do momento em que objetos selecionados são apresentados aos sujeitos. As análises estereologicas das estimativas do numero de astrocítos revelaram que o envelhecimento afetou a distribuicao laminar com aumento na proporção relativa daqueles na camada piramidal de CA3 dorsal e ventral e reducao no lacunoso molecular de CA3 dorsal. O número total de astrocitos em consequência apresentou significativa reorganização na distribuição laminar em função da idade com os animais senis mostrando redução no percentual daqueles localizados na camada oriens. Nenhuma diferenca significativa foi encontrada entre os volumes das camadas de CA3 sugerindo que as mudanças induzidas pelo envelhecimento alteram diretamente a plasticidade astroglial em CA3. Finalmente os estudos de correlação linear entre as estimativas do numero dos astrocitos da camada piramidal e os testes comportamentais demonstraram correlação inversa com os piores desempenhos estando associados a um maior número de astrocitos naquela camada. Evidencias diretas adicionais dessa correlação com os astrocitos alterados em CA3 e possíveis mecanismos moleculares para explicar o declinio cognitivo associado ao envelhecimento permanecem por ser investigados.

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Tem sido proposto que o envelhecimento está associado à alteração inflamatória no sistema nervoso central de roedores, mas não se sabe se as mudanças microgliais induzidas pelo envelhecimento são afetadas pelo ambiente pós-natal associado ao tamanho da ninhada. Por outro lado a camada molecular do giro denteado tem sido reconhecida como o alvo principal do input da via perfurante cuja integridade sináptica é essencial para formação de memória da identidade e da localização espacial de objetos. No presente trabalho investigamos se as mudanças morfológicas microgliais induzidas pelo envelhecimento são influenciadas por mudanças no tamanho da ninhada no início da vida. Para avaliar essas questões, ratos da variedade Wistar amamentados em ninhadas de 6 ou 12 filhotes por nutriz foram mantidos sedentários em grupos de 2-3 do 21o dia pós-natal em diante. Aos 4 (adulto) ou aos 23 (velho) meses de idade, os animais foram submetidos a testes de memória espacial e de reconhecimento da forma de objetos, sacrificados, perfundidos com fixador aldeídico e tiveram seus cérebros processados para imunomarcação seletiva para microglias/macrófagos com anticorpo anti Iba-1. A seguir uma fração representativa das células imunomarcadas da camada molecular do giro denteado foi reconstruída em três dimensões usando o programa Neurolucida e as características morfológicas de cada célula foram quantificadas com o software Neuroexplorer. Foi encontrado que os animais mantidos em gaiolas padrão de laboratório durante toda a vida apresentaram déficits de memória espacial independente da idade e não importando o tamanho da ninhada. Por outro lado todos os indivíduos idosos não importando o tamanho da ninhada tiveram sua memória de reconhecimento de objeto prejudicada. A análise da morfologia microglial revelou que a área e o perímetro do corpo celular e o volume dos ramos parecem ser afetados mais intensamente pelo envelhecimento e que essa alteração é mais acentuada nos animais de ninhada grande. Além disso, observou-se retração e espessamento dos ramos nos animais velhos em maior proporção nos animais de ninhadas grandes. Tomados em conjunto os resultados sugerem que a memória espacial parece ser mais suscetível ao processo de envelhecimento do que a memória de reconhecimento de objeto e que essas mudanças estão associadas a efeitos distintos sobre o soma e o padrão de ramificação das microglias da camada molecular dos animais maduros e idosos.

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This research was aimed to survey depressive episodes, functional and cognitive decline of an elderly population residing nursing homes (NH) located at Marília, São Paulo, Brazil, and, from statistical analysis, verify the potential correlations between depressive episodes, functional and cognitive decline, amongst themselves and with the variables: age, gender and education. There were subject to the research 57 elders living in the NH, aged between 59 and 98 and both sexes. The following tools were used to collect data: Mini Mental State Exam (MMSE) to evaluate cognitive faculty, Barthel Index (BI) to evaluate cognitive faculty and Beck Depression Inventory (BDI).

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This case study objectified investigating the symptomatology prevalence for depression (DP) and cognitive decline (CD) on institutionalized elderly’s; verifying the existence of correlations between DP and CD with age, gender and scholarity; and analyzing the possible correlations between symptomatology for DP and CD. For the realization of this research were selected, in two Elderly’s Long-Permanence Institutions (ELPIs), 24 subjects, which were classified according to gender, scholarity and age group. To verify the occurrence of CD, the Mini Mental State Examination (MMSE) was applied and, for the incidence of DP, the Geriatric Depression Scale (GDS) was applied. The data were tabulated and descriptively analyzed. For the study of the relations between quantitative variables, the Pearson correlation test was utilized and also the Spearmann test when necessary; for the comparison between two independent groups, the Student's t-test was utilized; for the verification of the association between gender, scholarity, DP and CD indicatives, the Pearson's X2 test and, due to theoretical restriction, the Fisher's exact test were utilized. The level of 5% probability was adopted for the rejection of nullity's hypothesis on all the tests. The research demonstrated that 50% of the research' subjects presented DP indicatives and 54.2% presented CD indicatives. Associations between: gender and DP (p = 0.414), gender and CD (p = 0.219), scholarity and CD (p = 0.527) were not observed. Positive regular correlation was verified between age and DP (r = 0.557; p = 0.005) and negative regular correlation was verified between DP and CD (r = -0.406; p = 0.049). The data suggest that DP might be a reaction to CD perceived by the subject. However, the hypothesis that indicates DP as a risk factor for CD and DM cannot be overruled, which suggests the importance of monitoring and treating depressive episodes on elderly populations.

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With aging, naturally occurs the decline of several functions. The depression (DP), pointed to be a risk factor for cognitive decline (DC), is frequent amongst elders. Activities aimed at cognitive rehabilitation (RC) can be protective for DP and DC. Objectives: Analyze the association between DC and DP on institutionalized elders (IDI) and non-institutionalized elders (IDNI) and verify the protective function (regarding DP and DC) of RC activities. Design and Method: For the analysis were selected 48 elders, from both genders, from where 24 were institutionalized and 24 were not. The subjects were distributed in four subgroups: 1) IDI participating RC (n=12); 2) non participant IDI on RC (n=12); 3) IDNI participating UNATI (“Open College for the Elderly”) and attendees of Memory Workshop (MW) (n=12) and; 4) IDNI participating UNATI, not attending MW (n=12). The data were gathered from the instruments: Mini Mental State Exam (MEEM) to determine the degree of DC and Beck Depression Inventory (BDI) to verify the symptomatology of DP. Results: From the general sample, 8,3% of the subjects presented indicatives of DC and 52,1% traces of DP. Lesser educated elders showed more incidence of DC and DP. There was no meaningful related to the DC prevalence and DP related to gender. Among the IDI there were more incidence of DC and DP than the IDNI. There were no meaningful differences in terms of scores acquired by MEEM and BDI for the subjects participating and not participating RC activities or MW. Conclusion: Therefore, it is necessary the development and application of curative and preventive strategies for depressive disorder. Special attention must be given for INI, more vulnerable to DP and DC.

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Estudámos a prevalência e gravidade sintomatológica em 300 idosos institucionalizados com e sem declínio cognitivo. Depois analisámos as relações entre sintomatologia e declínio, e o papel preditivo de variáveis relevantes no declínio cognitivo. No total, 48,7% dos idosos tem sintomas ansiosos e 70,0% sintomas depressivos. As médias sintomatológicas são altas, especialmente entre os idosos com declínio cognitivo. Existe correlação significativa entre a sintomatologia e o declínio, mas somente os idosos deprimidos correm risco aumentado de sofrer de declínio cognitivo. Estes resultados realçam a importância de prevenir, diagnosticar e tratar o declínio cognitivo, os sintomas ansiosos e depressivos em idosos institucionalizados.

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Introdução: Muitos estudos sobre o envelhecimento, mais especificamente, sobre o declínio cognitivo, enfatizam que uma das funções mentais prejudicadas é a atenção. Também tem sido apontada uma clara associação entre o declínio e a ansiedade e os sintomas de depressão. A associação entre declínio e as variáveis demográficas tem sido encontrada, em particular, uma correlação significativa com a idade. Pretendemos explorar as associações entre a atenção seletiva avaliada pelo Teste de Stroop (Stroop Respostas Corretas_ Leitura, Stroop Respostas Corretas_Cor, Diferença entre Stroop Respostas Corretas_Leitura e Stroop Repostas Corretas_Cor, Stroop Rácio Leitura: divisão das respostas corretas pelo tempo; Stroop Rácio Cor: divisão das respostas corretas pelo tempo e Diferença entre Stroop Rácio Leitura e Stroop Rácio Cor) e o declínio cognitivo avaliado pelo MoCA (como uma variável estratificada por idade e escolaridade e dicotomizada, e como variável contínua), numa amostra de idosos institucionalizados. No caso de obtermos resultados significativos pretende-se verificar o valor preditivo dos resultados obtidos com o teste Stroop (seis variáveis) para o declínio cognitivo (MoCA dicotomizado: ausência/presença de declínio cognitivo), controlando a ansiedade e os sintomas de depressão e as variáveis sociodemográficas, caso encontremos associações significativas entre estas variáveis e declínio cognitivo. Metodologia: A amostra incluiu 140 idosos (média de idades, M = 78,4; Desvio-padrão, DP = 7,48; variação = 60 - 97) sob resposta social em instituições do Distrito de Coimbra que aceitaram responder voluntariamente ou cujos cuidadores concederam o consentimento a uma bateria de testes (incluindo questões sociodemográficas, o MoCA, o Geriatric Anxiety Inventory/GAI, a Geriatric Depression Scale/GDS e o teste de Stroop). Resultados: Da nossa amostra, 52 idosos (37, 1%) apresentam declínio cognitivo versus 88 (62, 9%) que não o apresentam. No que diz respeito às seis variáveis Stroop, o Stroop Respostas Corretas_Leitura apresentou uma média/M = 82, 2 (DP = 32, 47), o Stroop Respostas Corretas_Cor uma M de = 31, 2 (DP = 27, 88), a Diferença entre Stroop Respostas Corretas_Leitura e Stroop Repostas Corretas_Cor uma M de = 50, 34 (DP = 31, 60), o Stroop Rácio_Leitura uma M de = 0, 69 (DP = 0, 27) e o Stroop Rácio_Cor uma M de 0, 26 (DP = 0, 23), a diferença entre Stroop Rácio_Leitura e Stroop Rácio_Cor uma M de = 0, 43 (DP = 0, 26). O MoCA dicotomizado encontrou-se associado ao Stroop Respostas Corretas_Leitura, Stroop Respostas Corretas_Cor, Stroop Rácio_Leitura e Stroop Rácio_Cor. Mostrou-se, também, associado ao GDS e revelou uma associação estatisticamente significativa com a variável sociodemográfica escolaridade×profissão. A idade e escolaridade não foram testadas, uma vez que estratificámos a variável MoCA de acordo com a idade e a escolaridade. O GDS, o Stroop Rácio_Leitura e o Stroop Rácio_Cor mostraram-se preditoras de declínio cognitivo, na regressão logística realizada. Conclusão/Discussão: Mesmo que apenas transversalmente, os resultados confirmam a literatura, uma vez que se verificou associação entre Stroop Respostas Corretas_Leitura, o Stroop Respostas Corretas_Cor, o Stroop Rácio_Leitura e o Stroop Rácio_Cor e o declínio cognitivo, ou seja, confirmou-se que a atenção seletiva é menor quando o idoso revela declínio cognitivo. Embora não se tenha verificado associação entre o MoCA dicotomizado e as diferenças calculadas entre as Respostas Corretas (Stroop Respostas Corretas_Leitura e Stroop Respostas Corretas_Cor) e os Rácios (Stroop Rácio_Leitura e Stroop Rácio_Cor), corroborámos a associação com o GDS. As análises preditivas confirmaram o papel preditivo da atenção seletiva e da sintomatologia depressiva para a presença de declínio cognitivo. Será relevante intervir junto da população idosa, através de reabilitação cognitiva, para melhorar a sua habilidade atencional (atenção seletiva) e, assim, eventualmente reduzir a sintomatologia depressiva e ansiosa e retardar o declínio cognitivo.

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Introdução: Os sintomas neuropsiquiátricos (SNP) afetam a maioria das pessoas que sofrem de Declínio Cognitivo e da doença de Alzheimer (DA). O nosso principal objetivo passa por relatar a prevalência dos SNP avaliados através do Neuropsychiatric Inventory Questionnaire (NPI-Q) numa amostra de idosos recolhida em instituições do Concelho de Coimbra. o nosso principal objetivo passa por relatar a prevalência e gravidade dos sintomas neuropsiquiátricos avaliados através do NPI-Q, numa amostra de idosos recolhida em instituições do Concelho de Coimbra. Estudaremos também a título exploratório a prevalência e gravidade do declínio cognitivo, bem como a gravidade dos sintomas depressivos e dos sintomas ansiosos. Pretendemos, ainda, verificar se existem associações estatisticamente significativas entre a gravidade e grau de perturbação associado aos SNP (tal como avaliados pelos cuidadores formais) (NPI-Q)e o declínio cognitivo (avaliado com o MoCA, administrado junto dos idosos). É igualmente nosso objectivo averiguar se existem correlações estatisticamente significativas entre a sintomatologia depressiva (GDS) / a ansiosa (GAI) avaliado junto dos idosos e as variáveis avaliadas junto dos cuidadores formais . — . a gravidade e o grau de perturbação associados aos SPN . — ., assim como verificar se existem correlações estatisticamente significativas entre o declínio cognitivo (MoCA) e as sintomatologias depressiva e ansiosa. Queremos igualmente observar se existem eventuais associações entre as variáveis gravidade e grau de perturbação (NPI-Q) e as variáveis sociodemográficas em estudo. Na medida em que a literatura refere associações significativas entre o declínio cognitivo, a sintomatologia depressiva e ansiosa e as diferentes variáveis sociodemográficas, pretendemos explorar se estas associações estão presentes na nossa amostra. Não deixaremos de explorar também eventuais associações entre as variáveis sociodemográficas e os diferentes SNP(item por item) e por fim pretendemos constatar se na nossa amostra temos associações estatisticamente significativas entre cada item do NPI-Q e as pontuações do MoCA, GDS e GAI. Metodologia: A amostra incluiu 40 idosos(média de idades, M = 79,80; Desvio-padrão, DP = 6,42; variação = 67-90) sob resposta social em instituições do Concelho de Coimbra que aceitaram responder voluntariamente ou cujos cuidadores concederam o consentimento a uma bateria de teste(incluindo questões sociodemográficas, o MoCA, o Geriatric Anxiety Inventory/GAI, a Geriatric Depression Scale/GDS e o NPI-Q. Resultados: Os SNP mais prevalentes foram a Ansiedade (30%) e a Irritabilidade/Labilidade (27,5%). Não se verificaram associações estatisticamente significativas entre a gravidade dos SNP e grau de perturbação associado (NPI-Q) e o declínio cognitivo nos idosos (MoCA). Não se encontraram associações estatisticamente significativas entre a gravidade dos sintomas o grau de perturbação dos mesmos (NPI-Q) e as variáveis sociodemográficas, nem entre a sintomatologia depressiva e ansiosa e a gravidade e grau de perturbação associado aos SNP. As mulheres idosas manifestavam maior sintomatologia ansiosa face aos homens; bem como os idosos que se encontram na valência de Centro de dia manifestavam maior sintomatologia ansiosa do que os idosos residindo em Centro de noite/Lar de idosos. Os idosos que não frequentaram a escola apresentavam um valor inferior no MoCA por comparação com os que frequentaram a escola.Discussão/Conclusão: Ao contrário do esperado, não se observou uma associação entre a gravidade e grau de perturbação associados aos SNP avaliados junto dos cuidadores formais e o declínio cognitivo, avaliado junto dos idosos. Entre os motivos possíveis para este facto salientamos o tamanho reduzido da amostra e o facto dos SNP terem sido avaliados por funcionários da instituição que podiam ou não possuir a formação necessária para os avaliar, ou não os conhecer há tempo suficiente, ou ainda não estar em contacto directo com os idosos. Outro dado relevante foi a ausência de associações significativas entre a gravidade/grau de perturbação associado aos SNP, a sintomatologia depressiva/ansiosa e as variáveis sociodemográficas. Importa, em estudos futuros, com uma amostra maior, verificar se os resultados se mantêm e comparar os obtidos quando o NPI-Q é respondido por clínicos, familiares e auxiliares dos idosos.

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O presente trabalho descreve características da linguagem, em especial de alguns dos aspectos discursivos, de idosos com envelhecimento saudável, com declínio cognitivo senil, ou com doença de Alzheimer leve e moderada. Foram avaliados um total de 44 idosos sendo 22 saudáveis, 4 com declínio cognitivo senil, 9 com doença de Alzheimer leve e 9 com doença de Alzheimer moderada, classificados pelos critérios do CDR. Foram aplicados os testes neuropsicológicos do mini exame do estado mental, nomeação de Boston resumido, fluência verbal e narrativa por confronto visual (figura do roubo dos bolinhos). Foram estimados os desempenhos nos testes selecionados e aplicada a avaliação dos relatos pelos critérios propostos por Groves-Wright (2004) assim como foi feita a tipificação da narrativa. Tratamento estatístico paramétrico determinou os valores de média, erro-padrão e o nível de significância das diferenças entre as médias foi fixado para valores de p<0.05. Em seguida foi realizado inventário e análise do léxico e das categorias gramaticas das narrativas, e realizada análise paramétrica a partir dos escores Z, através do programa STABLEX. Encontrou-se que a fluência verbal semântica é melhor nos idosos saudáveis quando comparados aos com declínio cognitivo leve. As narrativas mostraram diferenças estatisticamente significantes entre os idosos saudáveis e os com declínio cognitivo leve nas análises de frequência de uso do vocabulário e das categorias gramaticais como um todo, e também entre saudáveis e todos os demais grupos nas análises de cada uma das categorias gramaticais. A análise do vocabulário e das categorias gramaticais permitiu identificar comprometimentos da função narrativa medida pelo tipo de vocabulário e pelas categorias gramaticais preferidas ou rejeitadas. Os resultados contribuem para distinguir as características da narrativa de idosos saudáveis, daquelas de idosos com declínio cognitivo leve ou com Alzheimer leve ou moderado, apontando alterações que possivelmente são indicadores precoces que podem ser usados para avaliar o curso temporal da doença.

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Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz

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Alguns autores entendem o declínio cognitivo como fator de risco para fragilidade. No entanto, outros estudos apresentam a fragilidade como fator de risco para declínio cognitivo. O presente estudo também entende a relação entre fragilidade e desempenho cognitivo neste sentido. Ainda são poucos os estudos que avaliaram esta associação na literatura internacional e não identificamos nenhum estudo conduzido no Brasil, ou mesmo na América Latina, que a tenha investigado. Este estudo tem como objetivo, investigar a associação entre a síndrome da fragilidade e desempenho cognitivo em idosos, e o efeito da escolaridade e da idade nesta associação. Para isto, analisaram-se dados seccionais da Fase 1 do Estudo da fragilidade em Idosos Brasileiros (Rede FIBRA - Fragilidade em Idosos Brasileiros), relativos à clientes de uma operadora particular de saúde, com 65 anos ou mais, residentes na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. A população final de estudo foi de 737 idosos. O desempenho cognitivo foi avaliado através do Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Foram considerados frágeis os indivíduos que apresentaram três ou mais das seguintes características: perda de peso não intencional (mais de 4,5Kg no último ano); sensação de exaustão auto-relatada; baixo nível de força de preensão palmar (sujeitos no primeiro quintil); baixo nível de atividade física (sujeitos no primeiro quintil do Minnesota) e lentificação da marcha (sujeitos no primeiro quintil). Também foram coletadas informações sobre características socioeconômicas e demográficas, apoio social, condições médicas e capacidade funcional. O desempenho cognitivo (MEEM) e a fragilidade foram analisados como variáveis dicotômicas. Avaliou-se o papel da idade e escolaridade como possíveis modificadoras de efeito na associação entre fragilidade e baixo desempenho cognitivo. A avaliação da associação entre fragilidade e desempenho cognitivo foi feita através de regressão logística multivariada. A variável idade se comportou como modificadora de efeito na associação entre fragilidade e desempenho cognitivo, x(5) = 806,97, p<0,0001. O mesmo não ocorreu com a variável escolaridade. Os idosos frágeis apresentaram uma maior prevalência de baixo desempenho cognitivo, quando comparados aos idosos não-frágeis ou pré-frágeis, nos três estratos estudados (65 a 74 anos;75 a 84 anos; >_85 anos), p<0,001. A associação entre fragilidade e baixo desempenho cognitivo foi encontrada somente em idosos com 75 anos ou mais, sendo OR bruto=2,68 (IC 95% 1,29 5,53) para idosos de 75 a 84 anos e OR bruto= 6,39 (IC 95% 1,82 - 22,42) para idosos de 85 anos ou mais. Após ajuste pelas condições de saúde, capacidade funcional e pelas variáveis socioeconômicas e demográficas, a associação entre fragilidade e baixo desempenho cognitivo se manteve nesses estratos, OR aj=2,78 (IC 95% 1,23 - 6,27) para 75 a 84 anos e OR aj=15,62 (IC 95% 2,20 110,99) para 85 anos ou mais. A síndrome da fragilidade está, portanto, associada ao baixo desempenho cognitivo em idosos. A idade revelou-se como modificadora de efeito nesta associação. Os idosos com idade mais avançada revelaram uma associação mais expressiva entre os dois fenômenos.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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With the growing aging population will be an increase of chronic degenerative diseases such as dementia. Among the various forms of dementia Alzheimer’s disease (AD) is the most prevalent. In individuals with AD, there is a loss in the processing of sensory information, which may aggravate the imbalance and falls. As the disease progresses, the individual lose the ability to function independently, becoming dependent on a caregiver. This study aimed to analyze the balance of the mental state and quality of life of individuals with AD, to determine whether a correlation exists between these variables and analyze the influence on quality of life of caregivers. This study was conducted with thirty individuals (82.86 ± 9.07 years) with AD, both sexes, and their caregivers. The evaluation of the balance was accomplished by the Scale of Functional Balance of Berg (EEFB), the cognitive function for the Mini-exam of the Mental State (MEEM), and the quality of life (QV) for the scale “life Quality - Disease of Alzheimer “ (QdV - DA) that is composed for three versions: patient, caregiver and family The data were analyzed by coefficient of correlation of Spearman. The balance analyses (EEFB=32,17 ± 13,26 points) shows increased in the risk of falls in the elderly and negative correlation (R = - 0,55, p <0,01) with age and good correlation with MEEM (R=0,63 p <0,01). Already in relation of the MEEM and QV, can observed correlation between the familiar version and the MEEM ((R=0,40 p=0,02). In Relation the versions of the QV questionnaire, found significant correlation among: QdV-DA patient X caregiver (R=0,41 p=0,02), QdV-DA patient X family (R=0,40 p=0,03). In this way we can conclude that the individuals with DA, appraised in this study, present a deficit in the balance, so much related with the age as with to the cognitive decline, and the greater the cognitive decline worse the impression of caring about the QOL of their family, and still, that the worsening in the quality of the patient’s life contemplates in a worsening in the quality of your caregiver’s life.